Não tenho nada contra, desde que respeitem as regras, a instalação de novos centros comerciais. Ponho em causa é o facto deste centro e o já aprovado Espaço Braga localizarem-se na mesma zona da cidade. Ainda bem que o Forum Teatro de Braga foi reprovado, pois ficaria colado ao Espaço Braga. Porque não instalar apenas um nesta zona e o outro na zona oposta, por exemplo Celeirós, Lomar ou Arcos? Na parte Sul da cidade não existem espaços deste tipo. Aliás a instalação de uma infraestrutura deste tipo naquela zona captaria não só a população de Braga mas também do Norte de Guimarães e Famalicão. Para não falar das excelentes acessibilidades. Outro aspecto critico, enunciado por certas instituições, é a concorrência. Bem, acima de tudo, lembrem-se, estamos num país de concorrência livre, e não podemos impedir de uma empresa A investir para que outra empresa B tenha o tacho assegurado. E se estes investimentos afectam o comércio do centro, então será boa altura para os comerciantes do centro procurar, através de estudos, perceber porque é que as pessoas fogem para os centros comerciais. E, traçar um caminho de sobrevivência com base no estudo, adaptando às novas necessidades dos cidadãos. Dou algumas ideias que provavelmente me fariam ir mais vezes ao centro: Animação e dinamização da rua para cativar um novo público, entrem em acordo com os parques de estacionamento da cidade (comprem no meu estabelicimento no centro e tem direito a meia hora grátis no parque), apostem na variedade, e claro o preço competitivo. Ficar à sombra da bananeira é que não. Mas, na minha opinião, quem vai ser afectado não é o comércio do centro, mas sim os centros comerciais existentes. É já uma guerra intra centros comerciais, o comércio do centro o que já tinha a perder já perdeu.
Localização e área aproximada dos centros comerciais Dolce Vita Braga e Espaço Braga
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Dolce Vita Braga
Imagem retirada do Blog O Brácaro.
"O projecto Dolce Vita Braga compreende o desenvolvimento de um conjunto comercial do tipo híbrido, englobando diversas áreas funcionalmente distintas mas complementares, identificando-se quatro vertentes estruturantes, concretamente, uma zona comercial (que integra uma área comercial e uma área de retail), uma zona de restauração, uma zona de lazer e uma zona de hipermercado.
A área de intervenção disponibilizada para o projecto é de 159 971 m2, sendo que a área de implantação do conjunto comercial é de 46 611 m2, para uma área bruta de construção de 90 000 m2. Estruturalmente, a área comercial proposta desenvolve-se em três pisos e as unidades de retail sobre um piso único, sendo o empreendimento apoiado por um parque de estacionamento público distribuído por quatro pisos e por estacionamento exterior. O acesso pedonal à área comercial é assegurado através de tapetes e escadas rolantes, prevendo-se ainda a localização de núcleos de elevadores.
Na área comercial, ao nível do piso 0 irá localizar-se um hipermercado, com uma área de 15 000 m² incluindo os respectivos serviços de apoio. Na frente da linha de caixas do hipermercado ocorrerá um grupo de pequenas lojas, dedicadas essencialmente a actividades e serviços de apoio do dia-a-dia. Neste piso encontrar-se-á ainda uma área de comércio, com lojas de média dimensão, apoiadas por uma loja âncora. Ao nível do piso 1 a área de comércio desenvolver-se-á à volta de uma galeria pública de dimensão generosa. No último piso (piso 2) é proposta uma área de lazer que incluirá salas de cinema, um espaço para um health club e uma grande zona de restauração. Esta zona será apoiada por uma ampla praça alimentar. Prevê-se ainda a instalação nesta zona de um parque infantil de acesso livre. Este piso, dada a sua geometria, irá usufruir de uma panorâmica interessante sobre a envolvente exterior. A área de retail, dedicada a actividades de comércio, desenvolver-se-á a um único piso e as lojas apresentar-se-ão contíguas.
Na globalidade, ao conjunto comercial estará associada uma área bruta locável (ABL) total de 75 000 m2, correspondente a 165 unidades, à qual estarão afectas diferentes actividades. Na Tabela 1 encontra-se apresentado o Mix Comercial previsto para o Dolce Vita Braga.
Tabela 1 – Mix Comercial previsto e distribuição de Área Bruta Locável (ABL)
Actividades | Unid. | M2 | % |
Alimentar (Hipermercado) | 1 | 15 000 | 20 |
Equipamento pessoal | 66 | 22 500 | 30 |
Equipamento Lar | 16 | 14 000 | 18,7 |
Outros Bens | 42 | 12 000 | 16 |
Restauração | 25 | 3 500 | 4,7 |
Cinemas | 1 | 3 000 | 4 |
Serviços | 12 | 1 000 | 1,3 |
Centro Auto | 1 | 500 | 0,7 |
Health Club/Ginásio | 1 | 3 500 | 4,7 |
Total | 165 | 75 000 | 100 |
No que se refere a estacionamento, o conjunto comercial disponibilizará uma área total de 77000 m2, distribuída por quatro caves e superfície exterior, ao que correspondem 2 750 lugares de parqueamento automóvel. Relativamente às operações de cargas e descargas, os respectivos acessos serão independentes do parque público, estará assegurada capacidade para a circulação de veículos pesados e as áreas de cais foram dimensionadas para a dimensão do complexo. Na globalidade está prevista a disponibilização de uma área de cerca de 16.000 m2 para a área de cargas e descargas." In Resumo Não Técnico do Estudo de Impacte Ambiental do Dolce Vita Braga.
Espaço Braga
"A zona onde se pretende implantar o novo edifício do Conjunto Comercial Espaço Braga representa uma antiga propriedade agrícola abandonada (Quinta das Torre) não possuindo caracterização arquitectónica ou urbana relevante, tratando-se de um espaço com características vincadamente peri-urbanas. De uma maneira geral, a área envolvente é constituída por edifícios de habitação organizados ao longo da Rua do Senhor do Socorro, surgindo ainda “encaixado” a Este pela EN101 e a Oeste por uma antiga pedreira (localmente designada por Pedreira da Bélgica), cuja exploração foi entretanto abandonada. Observa-se contudo ainda a existência de uma pequena pedreira em exploração, a Este da área em estudo, qual, pelo declive do terreno em que se insere não interfere com o presente projecto.
O projecto do Conjunto Comercial Espaço Braga tem em vista a criação de uma nova área comercial, que se integra no objectivo de promover o desenvolvimento local do concelho de Braga, introduzindo uma nova dinâmica através da inserção de uma zona comercial nas proximidades da zona urbana de Braga, na freguesia de Dume e colmatando a oferta existente na zona.
A área comercial em perspectiva pretende pois assumir-se como um projecto de referência nesta zona, apresentando um conjunto de lojas âncora e médias e pequenas superfícies de comércio diversificado e de qualidade, apoiadas por zonas de restauração e lazer (cinemas) apelativas. O edifício do Centro Comercial desenvolve-se em três pisos acima do solo, situados às cotas 130.00 (piso térreo), 137.00 e 143.00. Abaixo do solo, totalmente em cave, colocam-se os pisos de estacionamento, um à cota 126.00, e um à cota 123.00, tirando ambos partido do pé-direito disponível.
Os pisos abaixo do solo (como se viu, respectivamente às cotas 126.00 e 123.00) destinam-se exclusivamente a estacionamento (de 800 lugares cada em cada um dos pisos). Ao nível do solo (à cota 130.00) o piso térreo destina-se à área de hipermercado e zonas de apoio à operação deste e do restante centro comercial. Incluirá igualmente um estacionamento à superfície, com um total de 200 lugares.
O piso situado à cota 137.00 destina-se às lojas do Centro Comercial, possuindo uma ligação aos restantes pisos. O último piso, situado à cota 143.00, destina-se à área de restauração e lazer, estando igualmente prevista uma área de terraço com uma esplanada, assim como uma área de estacionamento à superfície com 300 lugares.
Os dados gerais relativos ao presente projecto podem ser organizados da forma que se segue:
Superfície Total do Terreno | 87.900 m2 |
Área de Implantação | 35.500 m2 |
Área Bruta de Construção (Áreas Construídas, incluindo construção abaixo do solo) | 126.200 m2 |
Área Bruta de Construção (critério camarário, incluindo esplanada) | 63.600 m2 |
Área Bruta Locável | 57.700 m2 |
Estacionamento | 2.100 lugares (1.600 subterrâneos e 500 à superfície) |