quinta-feira, 1 de novembro de 2007

1 de Novembro

Faz hoje 252 anos que o arco do Pórtico do Bom Jesus abateu devido ao terramoto de 1755.

Hoje, como é tradicional, realizou-se mais uma angariação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em que o Lions Clube de Braga é parceiro. Vinte por cento da angariação reverte
para a Unidade de Oncologia do Hospital de S. Marcos.

Cemitério, local muito associado ao 1 de Novembro no mundo Católico. A maioria dos cemitérios bracarenses não passam de um reduzido pedaço de terra cravado de lápides ao estilo barroco, e um exclusivo da Igreja Católica. E tal como as paróquias, também proliferam por tudo em quanto é canto em tamanho reduzido. O único com dimensão decente é o de Monte d'Arcos. Depois, estes cemitérios não oferecem as mínimas condições para que possamos visitar o local em paz e em harmonia, onde podemos reflectir, homenagear e relembrar aqueles que já desapareceram. Na verdade, para a maioria das pessoas, são um recanto de aparências em que as famílias disputam pelo melhor "mausoléu", lugar onde paradoxalmente se homenageiam os vivos.
A cidade de Braga nas últimas décadas tem crescido bastante, e com este crescimento apareceram novas realidades, realidades que necessitam de soluções. Hoje Braga não é feita apenas de católicos, mas também de ortodoxos, ateus, entre outros. Pergunto-me como se sentem as pessoas não Católicas aquando do falecimento de um seu ente querido, também não Católico, com a situação de ser enterrado num cemitério Católico, isto no caso do falecido ter desejado ser enterrado em Braga. É que nem a opção de cremar em Braga possuimos! Surge agora a necessidade de repensar a filosofia dos nossos cemitérios.
Desafio/Proponho que se crie, expandindo um "retalho" existente, um segundo cemitério para a cidade. Um cemitério que possua um cremador, uma secção ao estilo católico (retalho existente), e variados espaços para os vários tipos de campas. Os cemitérios do tipo nórdico abarcam quase todas crenças funerárias. Exterior ao recinto criar espaços para a instalação de agências e empresas funerárias, será também uma medida de rentabilizar o investimento. É uma espécie de parque industrial, mas versão industria/comércio fúnebre. Isto poderá fomentar o crescimento da industria fúnebre, que poderá colmatar com feiras, exposições e congressos do sector fúnebre. Será mais um atractivo para o P.E.B.. O sector fúnebre é como o sector da saúde, enquanto houver ser humanos existem doenças para tratar, existem mortos para "enterrar".