domingo, 16 de setembro de 2007

Ideias - Parque das Sete Fontes

Monumento das Sete Fontes

Tipologia:
Arquitectura civil pública, barroca. Sistema de abastecimento de águas com conduta subterrânea de 3.500 m e depósitos de planta circular.

Descrição:
Sistema de abastecimento de água à cidade composto por 14 galerias subterrâneas (minas) e 6 depósitos de junção (o sétimo foi destruido para edificar um edifício de fraca qualidade). Ao todo é um conjunto construído em pedra trabalhada que se estende por cerca de 3.500 mts. As minas subterrâneas têm no seu fundo caleiros rasgados na pedra que conduzem a água através de galerias (algumas chegam a ter mais de 1km de comprimento), até aos depósitos de encontro. Por seu turno, a água que aí corre vai confluindo em depósitos espalhados na vertente (seis ao todo numa distância aproximada de 500 mts). O primeiro depósito a montante, que recebe água de duas minas, fica no ponto mais alto (264 mts), e ostenta a maior pedra d'armas, em pedra lavrada, do seu doador. Existem mais três depósitos, que embora sejam mais pequenos, apresentam o mesmo modelo, de planta circular e cobertura em domo com pináculo no topo; os restantes são apenas bocas de minas com portas trabalhadas. Destes depósitos sai a conduta que traz água para a cidade, construída de pedras justapostas formando uma fileira de cerca de 3 km. São pedras rectangulares com um comprimento à volta de um metro e meio metro de lado e vazadas no interior formando um tubo com trinta centímetros de diâmetro.

O escudo que o depósito localizado no ponto mais elevado ostenta pertence ao Arcebispo D. José de Bragança, filho legitimado de D. Pedro II.

Características Particulares:
As águas que o aqueduto conduzia alimentava os fontanários da cidade e era ainda repartida por numerosas quintas, conventos e casas senhoriais. Funcionou em pleno até 1914, sendo ainda hoje uma alternativa em períodos de carestia ou de avaria dos sistemas principais, constituindo a única fonte de abastecimento de água potável em alguns aglomerados das imediações.

Cronologia:
Sé. 18 - edificação patrocinada pelo Arcebispo D. José de Bragança (1741 - 1756); 1752 - data do primeiro depósito; 1914 - ainda funcionava a pleno; 1995, 18 Abril - Despacho de classificação; 2003, 29 Maio - homologação como Monumento Nacional, pelo Ministro da Cultura.

IN Monumentos.

A minha proposta


A proposta baseia-se na construção de um parque verde em torno das restantes três fontes. É essencial preservar o conjunto das sete fontes. O parque além de as preservar, colmatará a falta de espaços verdes e zonas de lazer na localidade. Projectei também os arredores, com o objectivo de integrar o parque.

Avisos:
O projecto foi idealizado, com base nas cartas do PDM de Braga, a olhometro, pois desconheço as dimensões exactas do território, mas, a olhometro, o erro não deverá ser superior a 5 metros, o que poderá inviabilizar certos edifícios. A organização do parque foi feita sem o conhecimento da localização das minas (não confundir com as condutas ou canal), o que pode alterar significativamente a disposição dos elementos apresentados. E por fim, é uma sugestão de um bracarense já farto de assistir, impotente, a tanta destruição do bom património na sua cidade para a edificação de péssimo e de mau gosto património, se é que isso se pode chamar, património.

Descrição:
A via rápida assinalada a vermelho é a variante de Gualtar, tem como objectivo conectar a circular ao hospital e à EN 103 em Santa Lucrécia de Algeiriz. O nó entre esta variante e a circular é a proposta da E.P., como se pode observar a injecção proveniente da variante na circular (sentido Sul Norte) é antes do túnel, e não depois como está actualmente, não admira que fossem roubar terreno aos moradores (nem seguir um projecto sabem). Na minha opinião, quando se construir a variante deve-se reconfigurar o nó para o projecto inicial, eliminando as invenções de joelho existentes. Este nó, de vias rápidas, é bastante delicado, pois não dispõe de grande espaço e é o acesso principal a um hospital central, e é por isso que deverá ser o mais desimpedido possível. Dai ter eliminado a saida (Norte sul) da circular para a rotunda do Feira Nova, e a entrada (Sul norte) desta para a circular, a existência destes acessos condicionam as rectas de aceleração e abrandamento na parte Sul do Nó. A medida não causará grande impacto, pois a rotunda das piscinas situa-se 800 metros a Sul e o futuro nó do Hospital situa-se a 800 metros a Este.
O edifício assinalado a 1 é o Braga Retail Center. Mais a Nordeste temos o nó do Hospital, não é o nó projectado pela E.P., o nó inicial prevê apenas a ligação à Rua 24 de Junho e à Rua Quinta da Armada. Projectei uma avenida que inicia-se entre hospital e E.C.S., passando pela variante, com um semi-nó de Trevo (passagem proibida a peões para facilitar a entrada das ambulâncias), um pequeno viaduto sobre o canal das Sete Fontes, e terminando no bairro das Sete Fontes. A passagem pedonal está mais a Sul, inicia-se na rotunda do Hospital e termina em frente da entrada do parque. Entre o prolongamento da rua da Quinta de Passos, a Sudoeste da nova avenida e entorno do canal das sete fontes proponho um pequeno parque desportivo, com um campo de futebol, três campos de basquetebol, dois campos de ténis, um parque infantil e um campo de voleibol de praia (piso em areia).
Os edifícios residenciais são do tipo vivendas em banda, excepto os assinalados a 2. Estes últimos são do tipo apartamento, em que a sua altura deve conjugar com os edifícios circundantes, por exemplo os do bairro da Alegria deverão ter no máximo 3 pisos (2 andares). O hospital e a universidade movimentará milhares de pessoas por dia, existe assim a necessidade de oferecer serviços de apoio a essa população. Bancos, correios, restauração, farmácias, sector de saúde externa ao hospital, entre outros, são alguns exemplos. Os edifícios de comercio, serviços e escritórios são edifícios exclusivos para estas actividades, ou seja, não possuem apartamentos residenciais. Sugiro fachadas de vidro, uma vez que a cidade é pobre neste estilo e obesa em betão. A zona 5, dada a sua localização, poderá ser ocupada por parques de estacionamento ao ar livre.
Por fim o parque, com cerca de 9 hectares (a olhometro), em torno das três fontes de junção. Uma fonte, a Noroeste, situa-se no terreno do colégio das Sete Fontes. A fonte da cota mais alta situa-se já dentro dos terrenos do hospital, espera-se que a preservem (uma praça em torno desta é um boa ideia), a seguinte fonte, baixando de cota, ficará debaixo do viaduto (solução encontrada pela E.P. e M.C. para minimizar o impacto) da variante. A última fonte de junção, mais baixa na cota, foi destruida, com o consentimento da Câmara Municipal, para a edificação, mais um, prédio de fraca qualidade. O edifício situado dentro do parque, ao lado do lago, albergaria um bar a concessionar, uma delegação da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (conhecidas como bibliotecas de jardim) e um pequeno centro interpretativo das Sete fontes e aquedutos de água (tema geral). O caminho assinalado a 3 é um troço pedonal inspirado nas estradas romanas, que termina no topo do parque e onde poderia ter algumas cópias dos marcos milenares. A famosa Geira passava nesta localidade, hoje rua Rafael Bordalo Pinheiro. Este caminho seria uma lembrança dessa estrada já desaparecida no concelho de Braga. A zona 4 exemplifica um possível jardim.